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quinta-feira, 7 de junho de 2007

Fantasias Sonoras


Ontem terminou minha primeira participação como encarregado técnico de um DP em um filme 35mm, extamente no DP de Som. Projeto de filme de fim de curso da Universidade Estácio de Sá, manhã chamado Obsessões. Cabe aqui um Flashback para o segundo semestre de 2006.

FLASHBACK:
Eu na turma da noite, apresentei dois projetos e perdi nos dois momentos, acabei indo fazer o som do filme. A única coisa boa deste período foi efetivamente esta decisão e a oportunidade de trabalhar com quem eu trabalhei, meu parceirão Ricardo Nepomuceno e a supervisão do Prof. Fernando Morais.
VOLTA A CENA

Bem neste período eu mudei para a manhã e durante um trabalho no período de Férias sondei o Diretor do filme da manha, na época intitulado FANTASIAS SONORAS se rolava deu trabalhar a trilha sonora do filme. Ronaldo Lasmar me recebeu muito bem.

A transição para a manhã foi muito mais fácil que eu pensava, talvez com exceção parao aprendizado de como conjugar meus hábitos noturnos e as aulas matutinas no horário super cedo de 9:40 da matina, mas isso é outro papo.

Qdo peguei a coisa em si do som, a porca torceu o rabo, o som direto foi terra arrasada. Alem do fato da 35mm usada não ter blimp, logo o som direto em si não ter sido trabalhado (a maioria das cenas são INT) a captura de ensaios não teve claquete, não fizeram boletim.... ou seja O som do filme não existia.

A boa coisa era o fato deu ter adquiriqdo um MicroTrack 2496 fim do ano passado. Ele possibilitou criar quase todo o Foley do filme. Ah sim, sobre oq ue é o filme? Um cara meio esquisitão, se apaixona por uma mulher do andar de cima. Praticamente não há dialogos, a janela para o mundo lá fora é o telefone.

A trilha que eu fiz foi toda usando loops, alguns de bibliotecas, outros eu fiz na unha. Uso o ACID para fazer estas coisas. Ruídos e coisas do genero eu tbem costumo retrabalhar na minha maquina, depois do Zaitoichi do Kitano, tenho pensado em fazer musicas com ruídos sempre.

O som da parada teve edição fast "á vera" a imagem sempre curte uma procrastinação. Eu trabalhei com o Opeador de ProTools no curso usando a versão em corte provisõrio do Final CUt e não a telecinagem do copião.

Algumas coisas ajudaram neste processo, o fato do roteiro não ter praticamente diálogos foi muito bom, falas geralmente amarram as coisas demais num filme de 7 minutos. Outra parada foi um desenho de som que antecipa-se as imagens, com isso a sincronia absoluta ficou só por conta da diegese, clicks, clacs, passos, chaves e outras pequenas ações. O fora de quadro teve uma grande importância também, ele é quem dá vida as ações, assim como as ambiências remetem a um lugar que exista. Usamos uma "cama urbana de -30db, com sons da avenida principal de Teresópolis as 23h e as 2h da madrugada. O fluxo de carros varia bastante neste horário.

O lance da musica tbem foi interessante. também serviu para aprender umas coisas.

Desde qdo eu pensei em pegar a trilha, pensei em algo urbano e na linha drum´n bass. Nunca tinha feito algo nessa linha e seria um desafio. Mas ao menos para os meus ouvidos, música bate estacas tem q ter riqueza de informação em estéreo. Um dos ícones do filme é o telefone e o tema iria brincar muitos com estes toques de diferentes tipos e outros ruídos que remetessem ao filho dileto da Bell Labs.

Pois bem, o filme com som estéreo perde janela de exibição, ou pelo menos dá uma esculhamabada geral. Universal são o MONO e o DOLBY 5.1. Estéreo é qquer nota se não for com a marca DOLBY, que lógico cobra se vc usar seu sistema, filme universitário já viu.... investir em som? Impossível. A dúvida é seguinte um filme 35mm é um produto visual ou áudio visual? Se for a segunda opção é bom notar que a mais nobre das imagens deveria ter o melhor dos sons. DOLBY neles cacete!

A trilha com teclados e muito stereo caiu. Fiz algo que serviria ao mono. A boa e velha guitarra solitária. Que no fim das contas deu conta do recado pujante como no início doa anos 90. Grunge style!

O som em mono é complicado, a gente tem que montar um do lado outro, manter a regrinha de Murch de 2 e meio sons na cabeça. Como eu disse anteriormente, esse filme foi tranquilo pela ausencia de dialogos. Aqui cabe um contraditório. Imagina dar PAN diegética em todo som do filme? Ainda chego lá.... e qdo chegar respondo se é mole ou não.... mas uma outra coisa deu pra sacar: Operador se amarra nestas brincadeiras de som digético verossimilhante, logo levando o foley num tem erro!

Enfim o somzinho saiu do ProToools da Mega e foi para o Magnético da Rob e acho q logo mais estará no ótico da Labo. O filme agora se chama OBSESSÕES, com som "aromatizado artificialmente" by Me. Num projeto que eu esteja de início jamais perderei a chance de trazer som do set. Isso é um erro grande. Nesse caso deu certo pq as condições contribuiram, mas o trabalho foi intenso, se somar as horas de todas as ilhas alocadas no processo, a situação complica.

Uma das morais dessa história é que não se deve passar a limpo boletim de som depois, muito deixar de faze-lo. Só O BO SALVA!

A outra é a de que o SOM sempre tem q ter tratamento parecido com a imagem, quem não pensa Som do filme merece Mickey Mouse e som morocoxô mesmo, não sabe pede ajuda e sai da frente pq o produto final tem IMAGEM E SOM emaranhados! Valeu LULÚ!!!!

Agora é ver no que dá.... vai entrar nos festivais a partir do segundo semestre! Em breve vou estar botando dias de exibição nesta jomba aqui e no orkut....

Gde abraço!

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